sexta-feira, 14 de outubro de 2011

A pós-modernidade em debate

UM PENSADOR OBSCURANTISTA

José Eudes Baima Bezerra


Recentemente, em mesa-redonda promovida pelo PET de Geografia (UECE, Itaperi) na comemoração de seus 15 anos, anunciei sem desenvolver a seguinte idéia: o chamado pós-modernismo é a recepção, no campo das idéias, dos fenômenos de regressão social que observamos na virada dos sécula XX para o século XXI, isto é, uma aceitação teórica do retorno ao pré-modernismo (daí o apego das linhas de pensamento enquadradas no pós-modernismo a categorias como tribalismo, comunidade, localismo, subsidiariedade, etc.). Tratar-se-ia, assim, nesse insight não desenvolvido que tive durante o evento, de uma justificação teórico-ideológica dos processos de destruição das conquistas civilizatórias impostas ao sistema do capital pela luta da classe operária, um fenômeno, aliás, peculiar ao período moderno, isto é, ao período histórico caracterizado pela propriedade privada dos grandes meios de produção.

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[Resposta]

  
Claudiana Nogueira de Alencar

Gostaria de me livrar da dispneia que me toma agora, fruto de uma bronquite, que me impediu inclusive de participar de nossa assembleia, para responder ao artigo do prof. Eudes mais demoradamente. Não porque eu seja especialista no assunto, ou defensora das ideias de Maffesoli ou mesmo simpatizante dos teóricos ditos pós-modernos ou de suas (im)posturas intelectuais, estando mais propensa a crer , como alguns dos seus críticos, que tal movimento representa  a “cínica e tardia vingança da cultura burguesa contra seus antagonistas revolucionários”.  É porque, há tempos, tenho tido admiração pelas colocações escritas ou orais do prof. Eudes [José Eudes Baima Bezerra], sempre apropriadas e argutas, que achei muito ligeira a adesão da nota ao pensamento monossêmico que generaliza tendências neoconservadoras de natureza política, cultural e epistemológica na forma de um pensamento dito “pós-moderno”, ao mesmo tempo em que aposta ingenuamente nos ideais iluministas, icônicos da modernidade, como responsáveis pelas progressistas conquistas da classe trabalhadora, sem, ao menos, mostrar desconfiança no que tange ao mesmo projeto da modernidade, que como uma terrível paródia da utopia socialista, tem construído reconfigurações do sistema capitalista tradicional, em suas formas mais sutis de exploração humana. Não podemos pensar “o moderno” e/ou o pós-moderno assim, como um conceito (ou pseudoconceito) unidimensional.



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O que é pós-modernidade? Um diálogo com Agnes Heller e Ferenc Fehér

Francisco Antonio da Silva

Um dos temas principais que ronda a arena das Ciências Sociais e Humanas é a questão da pós-modernidade. Teóricos da Sociologia, Antropologia, Ciência Política, Filosofia e História limitam seus esforços intelectuais a redefinirem o campo de atuação de suas respectivas áreas. Argumentam que as sociedades ocidentais não podem mais ser compreendidas a partir dos “velhos” referenciais teórico-metodológicos herdados do século XX. Argumentam também que a modernidade já não mais existe (daí insistirem na pós-modernidade enquanto discurso e ao mesmo tempo processo).

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